Neste mês de março, quando se comemora o aniversário da capital baiana, conheça histórias de pessoas cujas ocupações necessitam das praias para garantirem a própria sobrevivência / Foto Reprodução
Um dos elementos mais marcantes de Salvador é o mar. O litoral da cidade se destaca não somente pela beleza natural das praias, mas também pela quantidade de pessoas que dependem delas para sobreviver. Algumas profissões são antigas e, mesmo com a modernidade dos tempos atuais, resistem e se mantêm como no passado, exercidas de modo quase rústico
Diversos pontos à beira-mar se tornaram polos de concentração de pescadores, marisqueiras e barqueiros, ofícios que remetem às primeiras civilizações, aos povos originários. Outros trabalhadores, como salva-vidas e vendedores ambulantes, têm atividades mais recentes e estão espalhados por toda a orla.
Neste mês de março, quando Salvador completa 475 anos de fundação, o g1 conta histórias de pessoas cujas ocupações necessitam do mar para garantir o sustento, além de curiosidades. Confira:
De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), a capital baiana tem 64 km de orla, considerando as dimensões continentais;
Incluindo os territórios das ilhas de Maré, Frades e Bom Jesus dos Passos, que pertencem à Salvador, a extensão do litoral soteropolitano chega aos 105 km, conforme a pasta;
O Ministério da Pesca e Aquicultura aponta que há 28 mil pescadores em atividade na capital baiana, com cadastro em órgãos federais;
A cidade tem 14 entidades que representam a categoria, sendo colônias e associações a maioria, todas contabilizadas pelo grupo de Pesquisa GeografAR, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A colônia mais antiga é secular e fica no Rio Vermelho, sendo considerada uma das mais tradicionais do estado;
Salvador possui 4.267 aquaviários com habilitação certificada pela Marinha do Brasil, na Capitania dos Portos da Bahia, para operar embarcações em caráter profissional;
Entre os pontos de maior concentração de marisqueiras da capital baiana estão as praias da Gamboa, do subúrbio e da região da Península de Itapagipe, além das ilhas, porém, a prefeitura, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE) e a Bahia Pesca não dispõem de dados exatos sobre o número de marisqueiras na cidade;
Com relação aos salva-vidas, o serviço é prestado por bombeiros militares e por agentes da Salvamar, que trabalham com orientação aos banhistas e prevenção a afogamentos. A Salvamar atende o trecho entre Jardim de Alah a Ipitanga, com 35 postos montados, e 270 profissionais. Já o Batalhão Marítimo conta com seis postos na orla e 110 militares que atuam e praias, rios, lagos, represas, diques;
Historicamente, as praias com mais registros de afogamentos na cidade são Barra, Ondina, Paciência, Buracão, Itapuã e Amaralina, segundo o Corpo de Bombeiros;
Praias importantes da capital baiana não têm postos de salva-vidas. São Tomé de Paripe, Tubarão, Escada e Itacaranha, no subúrbio, e Ribeira, Penha, Boa Viagem, Cantagalo, Preguiça e MAM, na Cidade Baixa, estão entre elas;
No total, 1.844 vendedores ambulantes têm licença da prefeitura para trabalhar nas praias de Salvador, segundo a Semop - porém, sabe-se que esse número é muito maior.