Suíca e representantes de entidades estudantis repudiam o corte de quase R$800 milhões em recurso do MEC pelo governo Bolsonaro - Cabula Agora

[Suíca e representantes de entidades estudantis repudiam o corte de quase R$800 milhões em recurso do MEC pelo governo Bolsonaro] — Educação
Suíca e representantes de entidades estudantis repudiam o corte de quase R$800 milhões em recurso do MEC pelo governo Bolsonaro
28 de Janeiro de 2022 - Redação Cabula agora

Quase R$500 milhões destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) foram vetados

O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), e entidades estudantis repudiaram o corte de mais de R$800 milhões no Ministério da Educação, após a aprovação do Orçamento de 2022 e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), na última segunda-feira (24) – data que marca o ‘Dia Internacional da Educação’.

A área de pesquisa também sofreu com os cortes. A Fiocruz, por exemplo, perdeu R$11 milhões que iriam para pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O setor voltado para formação, capacitação e fixação de recursos humanos para o desenvolvimento científico perdeu R$8,6 milhões.

"É lamentável que a educação no país seja tratada dessa forma pelo governo Bolsonaro. Mas isso era de se esperar, já que a política aplicada por sua gestão não reconhece o problema estrutural que temos no setor. Tivemos avanços enormes nos governos Lula e Dilma, mas com retrocessos desde o golpe de 2016. Sabemos que os conservadores querem manter o povo subserviente, uma população instruída é ofensiva para essa turma. Mas vamos denunciar e lutar para que isso mude a partir de outubro deste ano. Um novo governo vai reavaliar tudo isso e repor os recursos necessários para educação e pesquisas. Um governo popular e com foco nos trabalhadores", descreve Suíca.

Para Uelinton Jorge, diretor de Assistência Estudantil da União Nacional dos Estudantes (UNE) e diretor União Estadual dos Estudantes (UEES-BA), a ação se caracteriza como um projeto de desmonte da educação no país. “Bolsonaro já é o inimigo número um da educação pública. Desde o início do governo dele os cortes de recursos nas áreas de investimento são constantes, o orçamento aprovado para 2022 tem um corte de mais de R$1 bilhão em relação ao de 2019 e agora em pleno ‘Dia Internacional da Educação’, ele vetou R$739 milhões. É um verdadeiro projeto de desmonte das nossas universidades. Os cortes vão afetar os estudantes que precisam de assistência estudantil, das bolsas de pesquisas e extensão, para além do funcionamento de laboratórios, dos restaurantes universitários, muitas estão até ameaçadas de fechamento. A nossa luta é para a recomposição do orçamento com correção monetária em relação a inflação de 2019 e o aumento dos investimentos em recurso na educação pública, em vez de blindar o ‘orçamento secreto’", aponta Uelinton Jorge.

A presidente da Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador (AGES) e diretora de Representações Estudantis da UEES, Ana Vitória, reforça a irresponsabilidade do governo ao atacar a educação. “Faço parte do movimento estudantil e acompanho a realidade de milhares de estudantes da rede pública, e isso é total irresponsabilidade do governo. Se olharmos para um todo, são mais de R$2 bilhões do orçamento. A educação segue sendo uma das principais áreas afetadas pelo desgoverno que se mantém inimigo da educação. Apesar de todos esses ataques, os estudantes seguem protagonistas, responsáveis pela luta do Fundeb, responsáveis pelo adiamento do Enem e levando a campanha do 'Vida, Pão, Vacina e Educação' por onde passam. Fomos às ruas dizer não ao negacionismo, não a todo tipo de preconceito e não ao Bolsonaro! Nós estudantes, seguiremos juntos na construção de um novo Brasil, lutando por uma educação pública de qualidade, com mais investimentos e menos cortes”, afirma a também diretora de Políticas LGBTQIAP+ da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e conselheira Municipal Da Juventude de Salvador.

Foto: Cabula Agora

Educação
Suíca e representantes de entidades estudantis repudiam o corte de quase R$800 milhões em recurso do MEC pelo governo Bolsonaro
28 de Janeiro de 2022 - Redação Cabula agora

Quase R$500 milhões destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) foram vetados

O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), e entidades estudantis repudiaram o corte de mais de R$800 milhões no Ministério da Educação, após a aprovação do Orçamento de 2022 e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), na última segunda-feira (24) – data que marca o ‘Dia Internacional da Educação’.

A área de pesquisa também sofreu com os cortes. A Fiocruz, por exemplo, perdeu R$11 milhões que iriam para pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O setor voltado para formação, capacitação e fixação de recursos humanos para o desenvolvimento científico perdeu R$8,6 milhões.

"É lamentável que a educação no país seja tratada dessa forma pelo governo Bolsonaro. Mas isso era de se esperar, já que a política aplicada por sua gestão não reconhece o problema estrutural que temos no setor. Tivemos avanços enormes nos governos Lula e Dilma, mas com retrocessos desde o golpe de 2016. Sabemos que os conservadores querem manter o povo subserviente, uma população instruída é ofensiva para essa turma. Mas vamos denunciar e lutar para que isso mude a partir de outubro deste ano. Um novo governo vai reavaliar tudo isso e repor os recursos necessários para educação e pesquisas. Um governo popular e com foco nos trabalhadores", descreve Suíca.

Para Uelinton Jorge, diretor de Assistência Estudantil da União Nacional dos Estudantes (UNE) e diretor União Estadual dos Estudantes (UEES-BA), a ação se caracteriza como um projeto de desmonte da educação no país. “Bolsonaro já é o inimigo número um da educação pública. Desde o início do governo dele os cortes de recursos nas áreas de investimento são constantes, o orçamento aprovado para 2022 tem um corte de mais de R$1 bilhão em relação ao de 2019 e agora em pleno ‘Dia Internacional da Educação’, ele vetou R$739 milhões. É um verdadeiro projeto de desmonte das nossas universidades. Os cortes vão afetar os estudantes que precisam de assistência estudantil, das bolsas de pesquisas e extensão, para além do funcionamento de laboratórios, dos restaurantes universitários, muitas estão até ameaçadas de fechamento. A nossa luta é para a recomposição do orçamento com correção monetária em relação a inflação de 2019 e o aumento dos investimentos em recurso na educação pública, em vez de blindar o ‘orçamento secreto’", aponta Uelinton Jorge.

A presidente da Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador (AGES) e diretora de Representações Estudantis da UEES, Ana Vitória, reforça a irresponsabilidade do governo ao atacar a educação. “Faço parte do movimento estudantil e acompanho a realidade de milhares de estudantes da rede pública, e isso é total irresponsabilidade do governo. Se olharmos para um todo, são mais de R$2 bilhões do orçamento. A educação segue sendo uma das principais áreas afetadas pelo desgoverno que se mantém inimigo da educação. Apesar de todos esses ataques, os estudantes seguem protagonistas, responsáveis pela luta do Fundeb, responsáveis pelo adiamento do Enem e levando a campanha do 'Vida, Pão, Vacina e Educação' por onde passam. Fomos às ruas dizer não ao negacionismo, não a todo tipo de preconceito e não ao Bolsonaro! Nós estudantes, seguiremos juntos na construção de um novo Brasil, lutando por uma educação pública de qualidade, com mais investimentos e menos cortes”, afirma a também diretora de Políticas LGBTQIAP+ da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e conselheira Municipal Da Juventude de Salvador.

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