O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnur) atualizou o número de vítimas na guerra na Ucrânia
Ao todo, 1,4 mil civis já perderam a vida desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, segundo estimativa do órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nesta segunda-feira (4), a entidade também informou que mais de duas mil pessoas se feriram. Segundo o relatório da ONU, ao menos 121 crianças morreram e 178 ficaram feridas.
Armas explosivas de grande impacto são a principal forma de agressão, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento múltiplo de mísseis.
A Alto-Comissariado da ONU afirma que os dados sobre as vítimas civis estão aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar as informações.
É o que acontece, por exemplo, em Mariupol e Volnovakha (região de Donetsk), Izium (região de Karkiv), Popasna (região de Lugansk) e Irpin (região de Kiev), onde há alegações de numerosas baixas civis ainda por confirmar, e que por isso não estão incluídas nas estatísticas da ONU.
Massacre em Bucha
A União Europeia anunciou a abertura de um inquérito, em conjunto com a Ucrânia, para apurar o que seria um massacre em Bucha, cidade ucraniana próxima a Kiev.
Nesta segunda-feira (4/4), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, contou que conversou com Zelenski por telefone e classificou as mortes como “assassinatos atrozes”
A operação envolverá diversas instâncias do bloco europeu, como Eurojust e Europol, além de agências de investigação dos países-membros da União Europeia e órgãos como o Tribunal Penal Internacional. ?
Negativa russa
O governo russo negou que tenha matado civis em Bucha. Na manhã desta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reafirmou o posicionamento do país: “Rejeitamos categoricamente todas as acusações”.
O país liderado por Vladimir Putin nega que tenha promovido o massacre. Segundo o governo ucraniano, ao menos 400 corpos foram encontrados na rua ou em valas rasas. O Kremlin pediu uma análise oficial do que chamou de “provocação” ucraniana.
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