Política

"Conversa de compadres" marca a volta dos trabalhos no legislativo de Simões Filho

18 de Fevereiro de 2014 - Piatã

O clima só esquentou quando vereadores de oposição passaram a criticar a gestão e cobrar do prefeito Eduardo Alencar. O líder da oposição, Genivaldo Lima (PROS), chegou a ser vaiado por militantes ligados ao prefeito.

Foto: Mapele News.

Quem estava acompanhando a volta dos trabalhos no Legislativo de Simões Filho, na manhã desta terça-feira (18), até os 50 minutos iniciais da cerimônia imaginou que os vereadores estivessem falando de um paraíso, sem nenhum tipo de problema.

Edis falavam das expectativas e planos para este ano, se comprometeram a continuar lutando pelos interesses da população, explanaram sobre os trabalhos realizados, elogiaram o empenho realizado pela equipe do prefeito Eduardo Alencar e tudo se resumia a uma verdadeira ‘conversa de compadres’, esquecendo que a cidade há anos vem recebendo o titulo de ’Capital da Morte’, além de problemas na área de saúde, educação e infraestrutura. Mas a oposição que estava sonolenta resolveu acordar e fazer o verdadeiro papel do vereador.

O líder da oposição, Genivaldo Lima (PROS), partiu para o ataque fazendo algumas cobranças ao executivo. “Somos a 5ª economia da Bahia, temos a melhor faculdade da Bahia, temos a melhor mobilidade urbana da Bahia, temos o melhor mercado da Bahia. Infelizmente, a única verdade disso tudo que falei é que somos a 5ª economia da Bahia e queremos que tudo que eu falei se torne realidade. Em entrevista, na época com o radialista Roque Santos, o senhor (prefeito) disse que iria transformar a cidade e não vemos isso acontecer. O exemplo disso é o bairro Luis Eduardo, que se encontra em total abandono. Mas eu desejo senhor prefeito, que o senhor faça o melhor pela nossa cidade; nossa cidade que é rica, mas sofrida. Fizemos nosso trabalho, enviamos as reivindicações, espero que em 2014 elas sejam realizadas”, cobrou o vereador.

Segundo OLHO VIVO, correspondente do portal BAHIA NO AR, Genivaldo Lima foi fortemente vaiado durante pronunciamento por militantes ligados ao prefeito Eduardo Alencar, e logo revidou: “ Aqui tá parecendo que é ponto facultativo na prefeitura, a casa está cheia”, referindo-se aos funcionários da prefeitura que deixaram o local de trabalho para assistir à sessão e resolveram vaiar o parlamentar.

Missionário Cleide(PSC) saiu em defesa do colega e acabou conseguindo arrancar aplausos de oposicionistas que estavam presentes na Casa Legislativa. “Fugir do contraponto e do debate de alto nível afasta a situação e a exposição da nossa realidade. Cada um tem direito de seguir aquilo que acredita, as coisas não vão bem na nossa cidade; a saúde está doente, a segurança dá medo. A crítica só não interessa aos incompetentes, devemos então discutir todos os problemas da cidade sem medo, isso sim nos ajudará a construir uma cidade melhor”, disse a parlamentar.

As cobranças continuaram com a vereadora Katia. “O prefeito prometeu que a saúde iria funcionar, a cidade é a 5ª economia da Bahia e o nosso hospital não têm uma UTI. O prefeito prometeu dias melhores, prometeu 50 obras no aniversário da cidade e nós não vimos nenhuma. Em 2013 disse que houve queda na arrecadação, e não houve. Tantas promessas sendo feitas, e na realidade o que aconteceu foi às contas do município ser rejeitadas pelo TCM e as demissões em massa de pessoas honestas. É preciso avançar, nossa cidade merece respeito, e esse povo merece resposta. Chega de desculpa, chega de promessa!”, bradou a edil que teve o microfone cortado, sob a alegação de ter ultrapassado os três minutos - acordo feito entre os vereadores de que todos falariam apenas 3 minutos no dia da abertura dos trabalhos.

Mesmo diante das críticas, o prefeito Eduardo Alencar não se intimidou e contratacou. Em seu pronunciamento fez um breve balanço sobre os projetos que estão com recursos alocados e em pleno andamento na sua gestão, reconheceu que ainda é preciso avançar e citou que ‘Simões Filho é uma das poucas cidades da Bahia que está organizada com todos os impostos em dia, uma cidade financeiramente equilibrada’. Mas o clima esquentou mesmo quando o alcaide respondeu a vereadora Kátia: “Seu esposo foi secretário de administração do ex-prefeito Edson Almeida e deixou uma dívida de ISS. Na minha administração está tudo regularizado, sem nenhum problema administrativo. Quando se fala das blitz da Polícia federal, são denúncias infundadas e inverídicas da nossa gestão. Pode vir aqui, estamos aqui para responder, vou responder e vou provar que sou inocente. Quem não responde processo? Seu esposo responde”, declarou o prefeito, fazendo referência ao ex- candidato a prefeito de Simões Filho, Dinha.

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