Saúde

Coronavírus: veja respostas para as principais dúvidas sobre a doença

05 de Fevereiro de 2020 - Redação Cabula agora
[Coronavírus: veja respostas para as principais dúvidas sobre a doença]

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.

Os primeiros coronavírus humanos foram identificados em meados da década de 1960. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Os tipos de coronavírus conhecidos até o momento são:
•    Alpha coronavírus 229E e NL63.
•    Beta coronavírus OC43 e HKU1
•    SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS).
•    MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS).
•    nCoV-2019: novo tipo de vírus do agente coronavírus, chamado de novo coronavírus, que surgiu na China em 31 de dezembro de 2019.
Novo coronavírus (nCoV-2019)
O novo agente do coronavírus, chamado de novo coronavírus - nCoV-2019, foi descoberto no fim de dezembro de 2019 após ter casos registrados na China. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 14,5 mil casos registrados em 18 países, com 305 mortes, o que mobilizou organismos internacionais e a comunidade científica na busca por respostas sobre prevenção, transmissão e tratamento desse novo tipo de coronavírus.
No Brasil, até 03 de fevereiro de 2020, são 15 casos suspeitos em investigação para o coronavírus (nCoV-2019) em sete estados, mas nenhum deles foi confirmado. São Paulo é o que, neste momento, apresenta mais casos suspeitos: são 7 em investigação.
Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
Como o coronavírus (nCoV-2019) é transmitido?
As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. 
É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada.
Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o novo coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.
Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
•    gotículas de saliva;
•    espirro;
•    tosse;
•    catarro;
•    contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
•    contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe e, portanto, o risco de maior circulação mundial é menor.
O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
Como é feito o diagnóstico do coronavírus (nCoV-2019)?
O diagnóstico do novo coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.
As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.
Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do novo coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito. 
Orienta-se a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF) ou swabs combinado (nasal/oral) ou também amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronca alveolar).
Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.
Qual é o tratamento do coronavírus (nCoV-2019)?
Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do novo coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:
•    Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos).
•    Uso de humidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.
Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.
Quais são os sintomas do coronavírus (nCoV-2019)?
Os sinais e sintomas clínicos do novo coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.
Os principais são sintomas são:
•    Febre.
•    Tosse.
•    Dificuldade para respirar.
Como se prevenir do coronavírus (nCoV-2019)?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
•    evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
•    realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
•    utilizar lenço descartável para higiene nasal;
•    cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
•    evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
•    higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
•    não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
•    manter os ambientes bem ventilados;
•    evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
•    evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
Como é definido um caso suspeito do coronavírus(nCoV-2019)?
Com a amplitude da região de risco, toda a China, pessoas vindas desta localidade nos últimos 14 dias e que apresentem febre e sintomas respiratórios podem ser considerados suspeitos.
Os casos suspeitos devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos. Casos descartados laboratorialmente, independente dos sintomas, podem ser retirados do isolamento.
Situação 1 - Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;
Situação 2 - Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;
Situação 3 - Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E  contato próximo de caso confirmado de coronavírus em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
Qual a diferença entre gripe e o coronavírus(nCoV-2019)?
No início da doença, não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infecção pelo novo coronavírus em comparação com os demais vírus.
Por isso, é importante ficar atento às áreas de transmissão local. Apenas pessoas que tenham sintomas e tenham viajado para Wuhan são suspeitos da infecção pelo coronavírus.
Qualquer hospital pode receber esse paciente?
Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência estadual para isolamento e tratamento.
Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde e instituídas medidas de precaução domiciliar.
Por quanto tempo a doença pode ficar incubada?
A doença pode ficar incubada até duas semanas após o contato com o vírus.
Qual exame detecta essa doença?
Para detectar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral.
É importante seguir as orientações que estão no boletim em relação aos procedimentos para o diagnóstico laboratorial.
Tive contato com pessoas que vieram da China recentemente. O que devo fazer?
Desde o dia 28 de janeiro, pessoas vindas da China nos últimos 14 dias e que apresentarem febre e sintomas respiratórios podem ser consideradas casos suspeitos. Essas pessoas devem procurar o serviço de saúde mais próximo.
Quais cuidados os profissionais de saúde devem ter ao entrar em contato com suspeito?
Profissionais devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscaras cirúrgica, luvas, aventais não estéreis e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

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