Saúde

Muito além do QI: Neurocientista alerta para os desafios emocionais de crianças superdotadas

23 de Julho de 2025 -Redação Cabula agora
[Muito além do QI: Neurocientista alerta para os desafios emocionais de crianças superdotadas]

Foto: Reprodução/Freepik

Ao se falar em crianças superdotadas, muitos imaginam pequenos gênios resolvendo cálculos complexos ou exibindo memória prodigiosa. No entanto, essa visão simplificada ignora o lado emocional, muitas vezes sobrecarregado. Em entrevista ao Bahia Notícias, a psicoterapeuta e neurocientista Ana Chaves destacou que crianças com altas habilidades cognitivas também enfrentam intensos desafios emocionais.
A repercussão recente do programa Pequenos Gênios, da TV Globo, reacendeu o debate nas redes sociais, especialmente após a emoção demonstrada por Isabella, de 10 anos, que participou da competição ao lado de Lara, baiana de 8 anos. A menina paulista precisou ser amparada pela mãe durante a gravação, levantando discussões sobre autocobrança e saúde emocional em crianças com alto desempenho.
Ana explica que essas crianças, além de conscientes e sensíveis, são extremamente exigentes consigo mesmas,  o que pode levar à frustração, ansiedade e, em alguns casos, depressão. Por isso, o apoio familiar e o acompanhamento psicológico são fundamentais. Ela também reforça que profissionais especializados em altas habilidades devem conduzir esse processo com cuidado e conhecimento técnico.
No Brasil, a superdotação é reconhecida pela Política Nacional de Educação Especial. O diagnóstico, geralmente feito entre os 6 e 10 anos, envolve avaliação multidisciplinar que inclui testes cognitivos, emocionais e de desempenho escolar. Sinais precoces podem surgir ainda entre os 2 e 5 anos.
Outro desafio é a adaptação escolar: muitas vezes, o ritmo de aprendizagem dessas crianças não acompanha a estrutura da escola tradicional. Entre as estratégias sugeridas estão o enriquecimento curricular e, em casos específicos, a aceleração de séries — desde que seja respeitado o amadurecimento emocional.
Apesar da existência de alguns programas públicos voltados para o tema, Ana critica a limitação e distribuição desigual das iniciativas no país. Para ela, é essencial que escola e família se baseiem em ciência para desenvolver estratégias que acolham e respeitem a singularidade dessas crianças.

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